Desde pequenas ouvimos: “vem passar protetor!”. Seja na praia, seja na piscina, o cheirinho de protetor solar remete à infância tanto quanto aquele picolé de frutas ou um passeio pela papelaria. E graças a essa rotina quando crianças, esse item já virou obrigatório nas malas de férias de verão quando queremos pegar aquele bronzeado sem arder.
Mas, será que devemos usar só quando estivermos de biquíni? E na rotina de skincare, que horas passar? Devo passar três gotinhas ou até dizer chega? As perguntas são muitas quando o assunto é proteção, mas vem com a gente que tiramos todas as suas dúvidas!
A resposta curta é: sempre! Faça chuva, faça sol, dentro ou fora de casa, o protetor é indispensávem na rotina. Lembra daquele papo sobre beleza natural alinhada à saúde? Pois é, o protetor solar previne o envelhecimento precoce e as manchas de pele, mas sua função mais importante ainda é prevenir as doenças relacionadas à luz, seja solar, seja artificial.
Por exemplo: o raio UVB é aquele que tem os efeitos mais diretos e visíveis. É ele que nos deixa queimades e vermelhes, fazendo a pele descascar e, nos piores casos, criar bolhas.
Já o UVA é o mais perigoso. Justamente por quase não notarmos, ele é o grande causador dos efeitos mais permanentes, como manchas e rugas. E, mesmo para quem abraçou o movimento pró-aging e se orgulha da pele como ela é, não se enganem: o UVA também é um dos grandes vilões do câncer de pele. Melhor não bobear, né?
Ah, antes de tudo: sim, os raios UVA atravessam vidros e nuvens. Então, mesmo naquela meia-luz que vem da janela ou no dia nublado que parece não fazer diferença, os raios chegam até você. Mas se você acha que mesmo assim não precisa de protetor, a gente tem uma novidade nem tão bacana: a luz das telas e luminárias também são danosas para a pele.
Pois é! Além de prejudicar o nosso sono, a luz visível também causa manchas, estimula a produção de radicais livres – que causam o envelhecimento precoce da pele –, e ainda pode agravar algumas doenças de pele.
Mais do que você imaginava. O ideal para o rosto é colocar a quantidade de três dedos: um para a zona T, um para bochechas e orelhas e um para o pescoço. SIM, orelhas e pescoço são as áreas mais esquecidas na hora de passar protetor, mas são tão necessárias quanto o rosto em si. Essas são áreas com a pele super fina, o que traz uma propensão ainda maior quando o assunto é doença de pele. Agora te convencemos a usar protetor todos os dias?
Já para o corpo, o ideal é passar nas partes que vão ficar para fora da roupa. Então, se estiver encapotada nos dias frios, só o rosto e mãos são suficientes! Agora, nos dias de calor, em que a regata e o shorts saem do armário, a Sociedade Brasileira de Dermatologia aconselha passar uma colher de chá em cada parte do corpo: uma para a frente do tronco, uma para as costas, uma para a frente de cada perna, uma para trás de cada perna e uma para cada braço. Pele protegida é pele saudável!
Se você foi convencida, agora deve estar se perguntando “afinal, qual FPS usar?”. Então vem que a gente te ajuda!
FPS significa Fator de Proteção Solar, que é uma medida aplicada em laboratório para estabelecer o nível de proteção da pele contra os raios solares. O FPS ideal varia muito de pessoa para pessoa e seu nível de eficiência varia de acordo com: a cor de pele, a quantidade aplicada (e a frequência que se reaplica), o que você faz (trabalhar, nadar, correr, etc), e a capacidade de absorção da sua pele. Em geral, o FPS mais eficiente é a partir de 30, segundo os dermatologistas. Já quem tem tendência a criar pintas e sardas facilmente, o indicado é usar (no mínimo) o 50. Mas o ideal é sempre perguntar para um(a) dermatologista.
O protetor solar também é extremamente essencial para a pele negra. Os raios UVA e UVB continuam sendo danosos à pele e chegam do mesmo jeito, mesmo com uma maior quantidade de melanina. O filtro solar deve ser usado todos os dias, dentro e fora de casa, e deve ter um FPS de no mínimo 30 para prevenir manchas, envelhecimento e as doenças de pele. Além disso, a reaplicação é recomendada a cada duas a quatro horas.
Praticidade e proteção unidas em um só protetor. Mais do que deixar o tom da pele uniformizado, os protetores com cor têm pigmentos que refletem parte da radiação, ajudando ainda mais. E, pra ser eficiente contra todo tipo de luz, uma alta cobertura significa uma alta proteção.
Daqui para frente, sabemos que o protetor vai entrar na sua rotina. E, para proteger bem, o ideal é vir antes da maquiagem mas depois da sua rotina de skincare, ok?
Se ficar com dúvidas com a ordem dos produtos, é só lembrar: os mais aquosos por baixo, e os mais cremosos por cima. Assim, a pele consegue absorver todas as camadas. E, claro, se tiver uma pele mais oleosa e com tendência a acne, o ideal é apostar em um filtro solar que tenha controle de oleosidade ou que seja com textura ultraleve para não criar aquele aspecto “engordurado” nem entupir os poros.
Seja por uma questão de alergias, seja para tirar dúvidas sobre o FPS, descobrir o que funciona mais para determinadas idades e tipos de pele, o ideal é sempre buscar um(a) especialista. Inclusive, se o seu rosto arder ao passar o filtro solar, consulte um(a) médico(a) especializado. O autocuidado também é saúde e deve sempre ser levado a sério.
Pode parecer muita coisa, mas a partir do momento que vira um hábito, passar protetor solar diariamente se torna mais um momento que olhamos para nós mesmas com carinho. É o presente que a você do presente vai dar para a você do futuro. Por isso, escute aquela vozinha no fundo da cabeça falando “vem passar protetor!”. Quem sabe este pode ser o dia de criar momentos tão gostosos quanto aqueles das férias da infância?
