10 Dicas Para Levar Uma Vida Mais Sustentável

10 Dicas Para Levar Uma Vida Mais Sustentável

Prazer, sou Larissa Colombo, um ser finito, fruto da mesma fonte que você, sou eterna aprendiz dessa aventura chamada vida, menina-mulher-criança desde sempre, questionadora nata, sonhadora assídua, mentorada pela mãe natureza, minha fonte infinita de inspiração, de cura, de vida.

Como comunicadora e entusiasta dos saberes da mãe natureza, a AMARO me convidou para nos questionarmos juntas sobre nossas atitudes em relação ao cuidado e a troca com o ambiente que nos rodeia. Por isso, venho dividir 10 atitudes e mentalidades que mudaram a minha forma de ver a natureza, e que você pode compartilhar, para junto comigo cuidarmos de uma maneira consciente, amorosa e respeitosa do nosso lar, o Planeta Terra. Vem comigo:

Larissa Colombo em frente a uma mata, vestindo camiseta amaerela, calça jeans e sandália rasteira azul, e bolsa de praia

1 - separe seu lixo

Quando aprendi a separar meu lixo, aprendi sobre o que é reciclado e reciclável, sobre o que pode virar matéria prima, ser reutilizado, reinserido no mercado, e o que simplesmente vai para os aterros e lixões e demoram mais tempo para se desintegrar do que minha própria idade.

Pesquisei muito, fui até a empresa de coleta seletiva de onde moro, conversei com pessoas, passei a entender como interpretar aqueles símbolos de triângulo das embalagens, passei a repensar sobre as facilidades que haviam a minha volta e o quanto eu era responsável por todas aquelas últimas notícias de devastação dos recursos naturais, crises climáticas, políticas, econômicas, sociais e culturais.

Separar meu lixo, reciclar e repensar meu consumo me trouxe um senso de pertencimento como cidadã, como ser humano. Me fez questionar sobre o quão descartável eu mesma estava sendo, e perceber que já tinha passado da hora - mas ainda dava tempo - de reciclar minhas atitudes.

Larissa Colombo no jardim segurando flores rosas e usando shorts jeans com camiseta tie dye.

2 - faça você mesmo

Se dê a oportunidade de fazer você mesmo aquilo que usa na sua pele - seu desodorante, hidratante, demaquilante… Afinal, nossa pele é o maior órgão do nosso corpo. Fazer você mesmo traz um senso de pertencimento, de liberdade. Eu sempre fui a louca de ler o rótulo dos alimentos, e trouxe essa mentalidade para o que eu uso na minha pele também. Quando me dei conta do quão artificiais eram os produtos que usava e ainda pagava caro, percebi que não tinha ideia do que eram os componentes dos meus cosméticos e qual era o impacto deles no meu corpo e no meio ambiente.

Fiz um curso de cosméticos naturais com uma amiga muito engajada no assunto e agora vira e mexe me aventuro nas receitas. Passei também a consumir somente marcas de produtos naturais com o mínimo de embalagem possível - gasto menos dinheiro e o valor do que uso só aumentou. O critério de escolha é bem simples: tem que ser saudável pra mim e pra natureza também! Aliás, vou deixar uma receitinha aqui:

foto de larissa colombo com um regador de flores no fundo de flores rosas

Loção Hidratante

175ml de óleo vegetal líquido – gosto de usar de gergelim

75g (7 e 1⁄2 colheres de sopa) de óleo de coco

25g de cera bem picada (5 colheres de sopa) - alveolada ou bruta pura e filtrada

250ml de água ou hidrolato

1-2 ml de óleo essencial da sua preferência

O creme pode durar de 2 semanas a 6 meses. Para durar mais tempo, conserve-o na geladeira.

3 - plante sua lua

Juro que há alguns meses, se alguém me dissesse “plante a sua lua” primeiro eu nem ia saber o que era isso, e depois de saber ia dizer: “você está ficando doida, pra que isso?” Uma das coisas que a vida sustentável me ensinou foi sobre meus julgamentos humanos - quando passei a ver cada uma de minhas ações como um reflexo positivo ou negativo na natureza fui deixando os julgamentos irem embora e fiquei só com a essência da história. Plantar a lua é devolver seu sangue menstrual para a terra, levar através dele, mais vida para as plantinhas.

Coleto meu sangue através de copinho coletor menstrual e absorvente de pano - vario de acordo com minhas atividades durante o ciclo. Além de sentir que meu ciclo se completa ao devolver o sangue para a terra, ainda deixo de usar o plástico desnecessário que são os absorventes íntimos. Acho uma doideira saber que algo que usei apenas uma vez vai demorar milhares de anos para se desintegrar. A conta não fecha, né? Para refletir: plantar a lua é uma prática ancestral, que a mentalidade industrial e padronizada transformou em tabu totalmente desarmonioso com o ciclo natural do funcionamento do corpo feminino em relação à natureza. Plantem a lua meninas, é bom demais!

Larissa Colombo sentada num jardim com uma saia clochard listrada, camiseta branca e rasteira mule

4 - carregue sua garrafa de água

Nessa de carregar minha garrafa de água diminui muitos plásticos de uso único, principalmente as garrafas de 500ml. Uma dica é fazer um macramê, bem fashion e lindão, para carregar sua garrafa de água, ou quem sabe um cantil (ando com o meu militar sempre por aí) - assim já fica parte do look e não tem desculpas para esquecer. Aliás, você sabia que água potável é um patrimônio de todos?

Larissa Colombo bebendo água de um cantil, usando uma saia clochard listrada, camiseta branca e rasteira mule roxa

Passei a andar com minha garrafa e pedir nos lugares onde vou que completem ela com água filtrada - nunca escutei um não. Uma vez a atendente de um restaurante fez uma cara meio feia pra me servir a água e eu disse “pode cobrar o valor de uma garrafa de água, mas me traz, por favor, água filtrada na minha garrafa.” No fim, acho que ela repensou, serviu a água e não cobrou. Dependendo de onde está, é só pedir, sem vergonha e sem receios.

5 - saiba de onde vêm seus alimentos

Saber de onde nosso alimento vem é uma das formas mais simples e eficientes de nos relacionarmos com a natureza e praticarmos a sustentabilidade. Compre mais orgânicos, financie a agricultura familiar, as feiras, os pequenos produtores próximos a você - nosso dinheiro é a ferramenta mais poderosa de escolhas para mudar o cenário atual e o futuro de nossas vidas. Eu sei, você está pensando “orgânicos são mais caros” - sim, ainda são, porque a maioria das pessoas continua financiando o agronegócio e não a agricultura familiar. Aliás, esse papo de mais caro é relativo, é algo que resignifiquei há anos com a citação de Hipócrates “Que o teualimento sejao teuremédio,e o que o teuremédio sejao teualimento”. É mais barato comprar com agrotóxico e depois gastar horrores com remédios na tentativa de curar doenças, ou é mais barato comprar orgânicos e viver saudável por um longo tempo?

Gosto de relembrar que o velho clichê “o barato sai caro” é bem sábio. Quando você come sem agrotóxicos você está recusando um sistema que não respeita a espontaneidade e sazonalidade da natureza e você está dizendo não a envenenar seu corpo. Parece estar muito distante de nós esse assunto, mas sim, grande parte das doenças são fruto do envenenamento dos nossos alimentos e também dos nossos pensamentos e sentimentos, é claro. Mesmo nos grandes centros é possível criar esse hábito de consumir orgânico. Basta perguntar aos amigos do bairro, nos grupos de whatsapp, pesquisar no instagram, dedique tempo á isso, não fique refém somente dos grandes mercados - seja você a mudança que você quer ver no mundo!

imagem ilustrativa da sandália rasteira mule e uma bolsa de praia colorida

6 - compre a granel

Opte por sempre carregar consigo sua sacola de feira, seus potes reutilizáveis de vidro ou plástico para compras a granel. Sempre que faço uma compra levo em consideração se a embalagem é de uso único. Se for, repenso se realmente preciso comprar tal item - se eu puder reutilizar várias vezes, eu adquiro e deixo a criatividade rolar solta na hora de reutilizar. Sempre ando com sacolas de feira e deixo vários potinhos de vidro no carro. Sustentabilidade tem tudo a ver com planejamento. Quanto mais organizada você for, mais simples e verdadeira a coisa toda fica.

> “Vá viver seus sonhos de menina, tire os sapatos, pise na grama, abrace uma árvore, paquere um passarinho, converse com uma plantinha, sinta o vento acariciando sua pele, beba água, muita água”

7 - tenha uma composteira

Cuidar de uma composteira vai mudar a sua relação com o alimento, com a terra e com o lixo - pode acreditar em mim! Fazer uma composteira é bem mais simples do que parece: não cheira mal, não junta barata, não ocupa muito espaço, não requer muito trabalho, e além de tudo, ainda te dá a oportunidade de reduzir 51% dos resíduos que você destinaria para o aterro/lixões. Ter uma composteira em casa foi algo muito enriquecedor pra minha alma. É um processo lindo ver os restos de alimentos alimentando a terra, virando adubo e ficando prontos para nutrir novas plantinhas e novos alimentos. É o ciclo de vida, morte, vida expressado bem ao alcance dos seus olhos, e somente possível através do trabalho das suas mãos. Compostem, é lindo de viver!

imagem da Larissa Colombo usando brinco de concha de caramujo e camiseta laranja com estampa fearless AMARO

8 - resgate os saberes dos seus ancestrais

Sabe aquela dica de mãe, de vó, de tia avó? A planta tal serve para qual. A erva tal é supimpa pra sarar qual. Resgate! Mais do que nunca é hora de valorizar nossas raízes, unir os saberes ancestrais com as facilidades que a tecnologia nos traz. Lembre-se, você e eu só temos o agora. Pense em quem está por vir - é nosso dever pensar nas futuras gerações, nas outras espécies de vida que aqui habitam, somos todos parte de um ecossistema, cada ser tem uma função para o equilíbrio da saúde da nossa mãe terra.

imagem da Larissa Colombo usando camiseta laranja com estampa fearless e um shorts caqui do AMARO Cares

Preserve nossa biodiversidade, se interesse, pesquise, se torne uma pessoa que conhece a natureza, assim como nossos ancestrais - não deixe nossa história morrer! Que tal resgatar o uso daquele chá de tansagem para dor de garganta, ou para ativar seu chakra laríngero e falar tudo que está aí dentro? Arnica. Boldo. Arruda. Mel. Camomila. Alecrim. É tanta abundância. Menina, escute os mais velhos, a sabedoria está aí.

9 - sustentabilidade é um modo de vida

Sustentabilidade não é só carregar o copo eco, o canudo de bambu, a sacola de pano, é uma forma de pensar, de viver. É entender que somos todos parte de um único organismo, o planeta terra. Não é deixar de consumir, é consumir com consciência, se questionando do começo ao fim do processo, é se relacionar de verdade. Fiquei bem feliz quando soube da linha AMARO Cares. Não sou radical, não deixei de consumir fashion, mas deixei de consumir o que não respeita os recursos naturais para virar bem de consumo. Sabemos que o mercado da moda polui muito a água, entre outras questões. Fico muito feliz quando vejo que marcas como a AMARO que tem visibilidade e voz e mudam, simples assim. Quando repensam no ciclo produtivo e vão, na velocidade que podem, e como podem, repensando seus impactos como marca nessa casa que é de todos nós, o planeta terra.

imagem cortada da saia clochard listrada da Larissa Colombo, enquanto ela segura as sandálias rasteiras roxas em frente ao mar

Conheça a linha de jeans sustentáveis da AMARO

10 - menos é mais

Sempre foi e sempre vai ser. Ah, essa dica é só pra deixar esse clichê reverberando dentro de você, depois de ler tudo isso. Pra que toda essa avareza? Pra que todas essas camadas? Vá viver seus sonhos de menina, tire os sapatos, pise na terra, na grama, abrace uma árvore, paquere um passarinho, converse com uma plantinha, peça conselhos a uma montanha (a sabedoria dos sobes e desces da vida) sinta o vento acariciando sua pele, beba água, muita água - aliás você, como a terra, é 70% água - banhe-se, sinta a água limpando teu ser, sinta-se nua e sua, mesmo quando estiver vestida de pano... e se tiver pano, que seja respeitoso, contigo, comigo, com todos, e principalmente com nossa mãe natureza. Quanto menos impacto, mais abundância. Quanto menos veneno, mais vida. Quanto menos ego, mais eco. Menos é mais.