Por Dentro do Magáloft | Um Bate-papo no Paraíso Cor de Rosa de Magá Moura

Por Dentro do Magáloft | Um Bate-papo no Paraíso Cor de Rosa de Magá Moura

Tente definir Magá Moura com uma palavra e falhe miseravelmente. “Não busco me definir. Pode parecer clichê, mas eu sou eu e isso me tira dessa definição. Uma mulher múltipla, muito dedicada ao que ama e feliz, que gosta de curtir a vida.” E é exatamente com essa energia que somos recebidas - ao som de Beyoncé - no Magáloft, o mundo cor de rosa da influencer, cool hunter, apresentadora, empresária e rainha do Afropunk. Com uma história digna de filme, Magá é exemplo de persistência e determinação - caçula de quatro irmãs, veio com a mãe da Bahia para São Paulo, aos 10 anos, em busca de novas oportunidades.

“Minha mãe se separou do meu pai, veio para São Paulo tentar a vida e deu certo!” Dona Margo foi sempre a inspiração - na vida, na determinação e na moda. Foi entre as máquinas de costura e roupas chiques das clientes da mãe que Magá descobriu a paixão pelo mundo fashion. “Minha mãe é um ícone! Por causa do trabalho dela como costureira tive meu primeiro contato com roupas de luxo - é ela que faz meus looks para o Afropunk! Ela também sempre valorizou muito a educação e com muito esforço, garantiu que eu e minhas irmãs fizéssemos faculdade.”

Formada em Relações Públicas na Cásper Líbero, Magá começou a carreira como estagiária em uma multinacional e logo percebeu que seu lugar não era ali. “Comecei a crescer e perceber que não queria estar naquele ambiente. Escritório, caos, pessoas lutando para serem gerentes, e eu só pensava: ai que saco!” Foi através do contato com a área de pesquisa e inteligência de mercado em comunicação que surgiu o interesse para estudar coolhunting. “Fui fazer curso de coolhunting no IED, morri pra pagar, mas fiz. Lá, os professores falavam muito sobre as escolas internacionais - comecei a pesquisar e descobri que era super viável.

Morar em Londres foi uma experiência incrível. Lá ninguém se preocupa com a vida do outro - seja em relação a estilo, negritude ou racismo.

E foi assim, na cara, na coragem e com o inglês aprendido sozinha com as letras de rap, que Magá largou o emprego e foi estudar Fashion Marketing na London College of Communications. “Liguei para o Christian, um amigo que conheci em Buenos Aires, e falei: ‘Christian, help me find a cheap place to stay in London’ (Christian, me ajuda a achar um lugar barato pra morar em Londres). Fiquei cinco meses alugando o sofá da casa dele enquanto fazia o curso.” Em Londres ela descobriu a liberdade de expressão e estilo. “Lá pude explorar os meus gostos - saia com dois ‘coquinhos’ no cabelo, misturava estampas, tendências, enfim, encontrei meu estilo.” E o resto é história.

Cheia de inspiração, Magá voltou para o Brasil decidida a transformar seu blog pessoal em trabalho. “Vou virar blogueira e ficar famosa fazendo o caminho contrário das outras meninas - não preciso de uma bolsa de 30 mil para ter estilo.” E tudo indica que o universo ouviu, não é mesmo? O buzz no Instagram começou com as tranças rosas inspiradas na Rihanna, foram surgindo comentários, cópias e então veio a segunda ida para Londres - dessa vez para a London Fashion Week. “O povo nunca tinha visto trança rosa lá. Cheguei com o cabelo colorido, uns brincos diferentões e virei alvo dos fotógrafos - bombei no street style. As pessoas me pegavam no meio da Somerset pra sentar na fila A.” E foi assim, com alguns milhares de seguidores a mais e marcas em busca de parceria que a Magá se tornou uma das primeiras blogueiras negras do Brasil a ter destaque internacional.

Nada veio de mão beijada. Nada contra quem tem, mas tenho essa história de luta. Sempre fui ousada, fui me jogando e as coisas foram acontecendo.

Quando o assunto é a representatividade como mulher negra e influente, Magá prefere abordar o assunto de forma positiva. “Não quero ficar só falando sobre racismo para um público que já sente isso na pele todos os dias. Gosto de mostrar que podemos viver como qualquer outra pessoa, de qualquer outra raça - conquistar coisas, ocupar espaços, viajar, ter um apartamento, uma bolsa de grife, empreender.” Por falar em empreender, para 2020 o plano é investir na Magá Moura Modas, marca de roupas que lança em breve em parceria com a mãe.

Estou vivendo meu melhor momento. Amo essa vida maluca de não ter rotina e estar toda hora fazendo algo diferente.

Amo acessórios. Tênis e óculos escuros são as peças que não podem faltar no meu guarda-roupa. Meu look favorito? Camisetão + tênis + brincão + óculos!

Embaixadora oficial do Afropunk no Brasil - o maior festival de cultura negra do mundo que chega em novembro de 2020 - Magá garante que seu estilo não tem definição. “Gosto de ser única, sempre. Quando estou de cabelo colorido sou mais divertida, quando o cabelo tá dourado quero ser deusa, sabe? Não gosto de colocar um título só - o nome é Magá Moura. Sobre o que não pode faltar no guarda-roupa, sem dúvida estão os tênis, as cores e acessórios de impacto - brincão, óculos, e por aí vai.

Sobre o Magáloft, apelido carinhoso dado ao apartamento inteiro decorado em rosa que ficou pronto em março deste ano, Magá garante que foi o investimento no sonho de ter uma casa que não dá mais vontade de sair. “Ter uma casa que todo mundo vem e ama. Amo receber meus amigos - apesar de ser a louca da limpeza e me irritar as vezes com a bagunça,” brinca. O canto favorito da casa fica por conta da mesa de jantar onde reúne os amigos e “todo mundo fica fervendo.” Por fim, a escolha das cores e a predominância do rosa garantem o alto astral do ambiente. “Cor traz alegria, energia, tem tudo a ver comigo.”

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