Silhuetas por Brunna Mancuso + AMARO

Para celebrar a diversidade e a liberdade dos corpos femininos, nos unimos à artista brasileira Brunna Mancuso em uma collab colorida, versátil e cheia de significado.

Liberdade, conforto e diversidade guiaram as ilustrações da Brunna com traços orgânicos, diferentes cores e elementos que fazem parte do universo feminino. Eles saíram do papel e se transformaram em peças incríveis para você curtir na praia, no trabalho, no happy hour e até para dormir, do PP ao EGG.

Vem conhecer essas peças incríveis e descobrir um pouquinho mais do processo criativo da Brunna no vídeo e na entrevista abaixo:

Como escolheu seu estilo e se tornou uma artista independente?
B: Acredito que nosso estilo não seja bem uma escolha. É um desenvolvimento muito natural do nosso trabalho.Um mix do que gostamos e nos identificamos no mundo com a nossa personalidade e nossa história. Por ser mulher, o feminino é um tema muito confortável e ao mesmo tempo cheio de questões e significado pra mim, e eu aprendi com os anos a desenvolver uma narrativa e uma estética que me representasse e comunicasse para o mundo o que eu gostaria de dizer. Aos poucos fui ganhando reconhecimento por esses retratos e pude me tornar independente.

O que te levou a se tornar tatuadora também?
B: Meu trabalho é muito sobre a mulher se sentir confortável consigo e com o próprio corpo, então nada melhor do que ajudar a mulher a ressignificar o corpo com desenhos que a represente. É uma ferramenta muito potente de autoamor.

O que você quer dizer para as mulheres através da sua arte?
B: Não tem problema se olhar e se amar, independente da sua história, do seu tamanho, da sua cor. Você importa e se valorizar é importante.

Qual é a sua expectativa de exposição da arte através da moda?
B: Usar uma roupa que nos represente pode tem um papel poderoso na auto-estima, então tudo está alinhado com a minha missão na arte. Espero muito que com a coleção, as mulheres se sintam a vontade e confiantes para ser elas mesmas!

Como você relaciona a liberdade do corpo com o empoderamento feminino?
B: Uma mulher que não é empoderada, que não se sente bem com o próprio corpo e com quem ela é, não é liberdade por definição. Eu passei por isso minha vida inteira, com a vergonha, o sentimento de não pertencimento dentro do próprio corpo, e foi só com muita terapia, muito amor próprio, que consegui sair dessa corrente de sentimentos negativos e perceber que um número na balança não representa nada além disso, um número na balança, e que sou muito mais que isso. Mulheres que passam por isso com cor, características físicas, altura, etc, sentem a mesma coisa. Estamos numa sociedade que fomos ensinadas a caber dentro de uma caixinha muito, muito pequena, então celebrar as coisas que nos tornam únicas e grandiosas é libertador.

Como mulher, como você acha que é possível se sentir liberta para ser quem você é?
B: Além do que comentei acima, terapia, amor próprio, se olhar etc, tem a questão do acolhimento. Estar num ambiente tóxico pode ser determinante para uma mulher se anular totalmente. Às vezes é melhor estar sozinha do que mal acompanhada.

Como foi o processo da criação das estampas da Coleção Silhuetas com o time de estilo da AMARO?
B: Poxa, foi mágico. O convite me deixou muito feliz, e conforme eu fui desenvolvendo as estampas, fiquei me imaginando usando as peças, como as mulheres iam se sentir usando também. Isso foi determinante para que eu decidisse quais seriam os elementos e as figuras femininas que eu iria incluir, valorizando todos os corpos possíveis. Além disso, o time me deixou muito a vontade para criar as estampas e me deram muito suporte tanto técnico quando criativo. Foi um grande prazer e a sensação de ver as peças prontas é indescritível.

Que conselho você daria para as mulheres que buscam ser mais confiantes com seus corpos?
B: Além da terapia, claro, o que me ajudou muito foi parar de seguir no Instagram contas que me faziam sentir ansiosa e começar a seguir mulheres que tivessem corpos parecidos com o meu. A partir do momento que eu comecei a admirá-las, pude reconhecer que não tinha problema nenhum com meu corpo tbm e que era lindo. Mas foi um esforço ativo da minha parte, temos que buscar o que nos fazem bem com a mesma energia que fomos acostumadas e ensinadas a odiar nosso corpo e querer mudar ele a qualquer custo nossa vida inteira.

E aí, curtiu as novidades? A gente te convida agora a viver a liberdade de ser quem você é! Afinal, somos diversas e não tem nada mais bonito do que a gente poder se expressar do nosso jeito.